teu sorriso de canto, tua pele, seu toque, aquela noite fria de setembro de 2010.

tuas histórias poucas, da sua família e Eu.

Cadê o oceano que nos separava?

Sim, eu escrevi que estava com saudades!

e vc gentilmente, respondeu: podemos marcar um bar!

Nice!

tudo ao mesmo tempo e agora. enquanto a gente degusta um intervalo finito de vida real.

Daí, eu acordo, e me lembro que ainda que o mar faça as pazes com a gente, uma hora ou outra, sem que a gente espere, uma placa tectônica entra em atrito lá no Pacífico, e mais cedo ou tarde, um tsunami volta a invadir a nossa vida.

Eu só queria que você soubesse, que se você ficasse, realmente, teria bolo.

Intentavelmente, rascunhei vestígios de nós dois!





... And I finally found that life goes on without you. And the world still turns when you`re not around.


Era tarde da noite e estava tudo no seu devido lugar, quando uma borboleta preta de mais ou menos 2 metros invadiu a sala e fez morada no banheiro do apartamento.
Quando a janela foi aberta pra que ela fosse expulsa, uma chuva de canivetes tomou conta de tudo e um monstro gigante que atendia pelo nome de insônia , derrubou as paredes de casa e tomou conta de mim e de todo o resto.

***

Era um domingo de setembro, e enquanto eu me arrumava pra sair, ele puxava papo. Eu nem sabia quem ele era e, sinceramente, não me interessava muito descobrir.
Entre uma conversa fiada e outra, troca de sms e "Mensagens Diretas", um dia a gente acorda e percebe que nem só da invasão de insetos é que persiste a vida.


***

Quando já era de manhã, eu acordei e a borboleta que eu tinha desistido de colocar pra fora durante a noite, havia ido embora por conta própria.
Ele também.
Fato é que, mesmo sem ser convidados, permaneça por uma noite ou alguns meses, abrir mão, dói.
No fim das contas, já sinto saudades de todo o estrago que a borboleta provocou.

p.s. todo ano tem primavera


" Dentro do lugar que eu mais gosto do mundo, tem um lugar, um outro lugar onde eu fujo quando eu preciso. Um lugar que é meu desde criança.
Tem uma pedra grande onde o mar geralmente bate bem manso. É de lá que eu sei que as coisas vão melhorar, e que apesar de os caminhos serem muitos, as escolhas são minhas.
Lá é longe, por enquanto é longe, enquanto eu ainda moro aqui, e quando não dá, eu fingo que estou aqui, e isso me acalma"
Texto "emprestado" da linda Rita Wainer.
Mas bem que poderia ter sido escrito por mim.


Eu ousaria completar: Nas ruas que são de pedras, a alegria habita em cada canto.


Vai chegar um dia, em que eu vou viver de carnaval.


E você vem junto.






Quantas vezes parados na rua, bem perto da sarjeta, fizemos planos, elucubramos sobre a vida, o viver e o futuro?.
Sentados na calçada, ou subindo e descendo a Augusta, indo de uma ponta a outra da Paulista, eu já até perdi as contas de quantas vezes nos confundimos. Nas histórias, nos desejos e nos sonhos. Seja uma tarde em Paris ou uma temporada de frio em Londres. Passado tanto tempo, eu hoje parei de contar as horas, larguei o freio de mão e engatei a primeira. É bom, ainda que perigoso, viver sem paraquedas, sem rédeas e sem saber o que se trata à tal da satisfação.
Tudo isso, porque na noite de ontem, parados em frente àquela balada ( que não vem ao caso dizer o nome) nós revivemos os tempos de colégio, matamos baratas ( vc matou) e contamos as estrelas.
Parados na rua, mais uma vez, nós ficamos até tarde da noite, contando histórias, inventando mentiras sinceras e brincando de faz de conta.
Parados na rua, ontem, nós entramos no primeiro boteco que encontramos ( tudo bem, foi o segundo) pedimos uma porção de frango à passarinho salpicada com alho poró, e eu com a minha Heinecken e você ( sempre tão fina) com a sua latinha de Coca-Cola fizemos foi festa.

Na cidade de São Paulo, as coisas são imprevísiveis. Assim como eu você. E o dia que acaba de terminar...

Talvez não caiba a mim encontrar o paradeiro do romance perdido. É que ele não me escapou pelos dedos desatentos, não está ao relento entre o meio-fio e os carros , não se esvaiu junto às memórias de uma madrugada ébria. Me corrói por dentro cogitar a hipótese de que talvez jamais tenha, de fato, existido aquilo que tenho procurado. Me corrói cogitar que, talvez, tudo o que eu tenha vivido não tenha passado de um breve devaneio, ou quem sabe, apenas uma licença poética. Me perfura o estômago a constatação de daquelas coisas que, mesmo assumidamente prováveis e esperadas, eu- ingenuamente- negava até o fim que pudessem acontecer . E acontecem.
Viva o seu romance. Viva o seu último romance.


O tempo das pessoas é diferente, e a certeza ( ou a falta de) sentimentos tb. O mundo segue girando e um dia você levanta um minuto mais cedo. Podem ser 3 horas tb. É domingo e faz frio. Domingo é sempre domingo, seja aqui ou em Paris. A melancolia está na sala de estar- Sem sequer ter sido convidada. No sofá, um deles joga video-game desesperadamente, como se fossem as últimas novidadades tecnológicas do milênio. Um toma banho, depois de ter terminado uma faxina neurótica e incansável. Alguém abre a torneira na cozinha. (sic)
E eu aqui, sempre (tão) Eu.
Tão à par de tudo e de todos, tão disposto e invencível ( até quando ?!)
Faz frio lá fora. E aqui dentro não é diferente!
Já faz tanto tempo que eu moro aqui, mas na mesma casa que derrubamos o teto da sala pra contar as estrelas, as pessoas tb praticam a não-sociabilização.
E isso me soa tão estranho. Estranho aliás é a sensação de morar com desconhecidos, sabe?!

Eu sei!

Quem sou eu

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"...De todos, é o filósofo que se diz cansado das dúvidas. Não se canse, (quantos defeitos sanados com o tempo eram o melhor que havia em você?) você ainda é o que há de certo em mim. Os beijo, os abraços certos. A paixão desmedida, a subversiva autoridade de ser e viver o que se é, no mundo colorido e sem dor. COLORIDO, serás sempre meu mamulengo das risadas inacabadas, que chora de dor e mora na rua do amor. " Tato por Arielle
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